sábado, 17 de janeiro de 2009

TENSÃO ENTRE O ILUSÓRIO E O REAL

O que para uns é arte...


...Para outros pode ser, apenas, um caixote de lixo.


No fim de semana passado, fui ver a Exposição "Juan Muñoz - Uma Retrospectiva" que decorre no Museu de Serralves até 18 de Janeiro. A azáfama era grande. Contribuiu para isso, provavelmente, o facto da entrada no museu ser gratuita ao domingo de manhã, e, já agora, o frio que se fazia sentir, pois, não convidava a ir a banhos. Quanto muito, um passeio à beira mar. A verdade é que havia muita gente, aparentemente feliz, agradada com aquilo que via. Na sala onde se encontra a obra Many Times (composta por uma centena de figuras, vestidas de forma idêntica e com feições semenhantes...), os mais curiosos tinham que aguardar, na fila, alguns minutos para sentirem as palavras de Muñoz "o espectador torna-se o objecto a mirar e talvez o observador se tenha tornado aquele que está em Exposição". Entretanto, no dia 16 de Janeiro, fui ver a exposição de fotografia (O livro vermelho de um fotografo Chinês - Li Zhensheng) que está no Centro Português de Fotografia. Gostei bastante, são fotografias com uma carga simbólica muito grande. Aconselho vivamente.
À saída, e porque me lembrei das figuras de Juan Muñoz, dirigi-me ao Jardim da Cordoaria. Assim que me aproximei de um dos conjuntos de figuras, recordei algo que tinha lido aquando da visita ao Museu de Serralves.
"Fascinava-o a tensão entre o ilusório e o real, usando truques de escala e prespectiva para coreografar a experiência do observador". No que diz respeito a essa tensão entre ilusório e real, e no que se refere à obra 13 a rir uns dos outros (jardim da cordoaria, Porto) ela deve ser grande, pois alguém confundiu a obra com um caixote de Lixo. Enfim, coisas da arte.

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