SOCRATES SUSPEITO DE CORRUPÇÃO

O Primeiro-Ministro Português, José Socrates, é considerado suspeito, por parte da polícia inglesa, de corrupção no caso Freeport. É óbvio que não passa de uma suspeição. De qualquer maneira, a experiência diz-nos que onde há fumo...
Aquando da apresentação do relatório, da OCDE, sobre o ensino básico, à uns dias atrás, o primeiro-ministro atacava toda a oposição “Trabalhar para as estatísticas? É assim que se referem a isto? Que lamentável. Que lamentável o debate político que se concentra nisso”, continuou. “Às vezes é preciso vir alguém de fora para nos dizer de forma tão sonora, tão vibrante e tão entusiasmada, como disse a Deborah: Bravo”, concluiu Socrates. Não deixa de ser irónico o facto de, dias depois, vir a público que alguém, de fora, suspeite do envolvimento do nosso chefe de Governo num caso de corrupção.

O RELATÓRIO QUE AFINAL NÃO ERA DA OCDE

A máquina de propaganda deste governo, não é novidade para ninguém, é uma das suas armas mais poderosas. Vale tudo para fazer passar a mensagem. Até mentir, descaradamente, aos Portugueses. Desta vez, o primeiro ministro, fez crer que um relatório sobre política educativa para o primeiro ciclo (2005-2008) foi elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). No relatório, a organização internacional elogiou as reformas introduzidas pelo Governo no Ensino Básico. Agora, pergunto eu, mesmo que tivesse sido a OCDE a elaborar o dito, será que um relatório, que tem por base a análise de dez escolas, é representativo de todo um sistema de ensino? E será coincidência que as escolas referidas no estudo, sejam, praticamente todas, de concelhos em que as câmaras são do partido do Governo?
O cinismo do primeiro ministro, ainda vai mais longe, ao colocar na boca dos outros as suas próprias palavras “...Que pobreza no debate político, que lamentável atitude de tantos partidos que quando olham para isto são capazes de dizer: Lá está o Governo a trabalhar para as estatísticas...”.
Numa altura em que é necessário que todos contribuam para ultrapassar esta crise, em que se devem discutir propostas sérias para combater o desemprego, que está a subir em flecha, o que se verifica é esta vergonhosa actuação dos nossos governantes.

MORREU JOHN UPDIKE, ESCRITOR

John Updike, escritor norte-americano. Photograph: Christopher Felver/Corbis

OS DEOLINDA - CASA DA MÚSICA

Os Deolinda - Música popular portuguesa e muito mais...
Dão concerto,na Casa da Música,de apresentação do seu álbum de estreia "Canção ao lado".

MÚSICA COM LATA

"Drumming - Grupo de percussão" surgiu em 1999, no Porto, e, nos últimos anos, tem firmado o seu papel no panorama musical português, com apresentações que vão da percussão erudita ou do rock-jazz-world music, à musica de cena para teatro, ópera e bailado, passando pela programação contemporânea temática.
Este domingo estiveram no Concerto Promenade, no Coliseu do Porto, onde mostraram o percurso e as várias utilizações dos "Steel Drums" ou "Tambores de Aço" em diferentes estilos musicais.

Há poucos dias disse, que "o que para uns é arte, para outros pode ser, apenas, um caixote do lixo", a propósito das esculturas de Juan Muñoz que estão no jardim da Cordoaria, no Porto. Desta vez, depois de assistir ao concerto "Música com Lata" e de ouvir a história dos "Steel drums"- surgem, nas ilhas de Trinidad e Tobago, nas Caraíbas, do aproveitamento de materiais velhos abandonados pelas tropas, logo após a segunda guerra mundial, sendo os barris de petróleo os mais apreciados- devo dizer obrigado. Enquanto houver, no mundo, seres humanos com imaginação e vontade de mudar para melhor, então, haverá esperança para as gerações vindouras. Teria sido muito bom que, alguns dos nossos governantes, tivessem assistido a este concerto, para aprenderem a diferença entre fazer música com lata e ter lata para dar música.

NA ESTRADA COM MAFALDA VEIGA

Mafalda Veiga esgotou, este sábado, o Coliseu do Porto onde deu o primeiro de 3 concertos. “ ESTRADA” é o nome deste espectáculo , no qual é apresentado ao vivo o seu mais recente disco de originais, intitulado “Chão”.

TENSÃO ENTRE O ILUSÓRIO E O REAL

O que para uns é arte...


...Para outros pode ser, apenas, um caixote de lixo.


No fim de semana passado, fui ver a Exposição "Juan Muñoz - Uma Retrospectiva" que decorre no Museu de Serralves até 18 de Janeiro. A azáfama era grande. Contribuiu para isso, provavelmente, o facto da entrada no museu ser gratuita ao domingo de manhã, e, já agora, o frio que se fazia sentir, pois, não convidava a ir a banhos. Quanto muito, um passeio à beira mar. A verdade é que havia muita gente, aparentemente feliz, agradada com aquilo que via. Na sala onde se encontra a obra Many Times (composta por uma centena de figuras, vestidas de forma idêntica e com feições semenhantes...), os mais curiosos tinham que aguardar, na fila, alguns minutos para sentirem as palavras de Muñoz "o espectador torna-se o objecto a mirar e talvez o observador se tenha tornado aquele que está em Exposição". Entretanto, no dia 16 de Janeiro, fui ver a exposição de fotografia (O livro vermelho de um fotografo Chinês - Li Zhensheng) que está no Centro Português de Fotografia. Gostei bastante, são fotografias com uma carga simbólica muito grande. Aconselho vivamente.
À saída, e porque me lembrei das figuras de Juan Muñoz, dirigi-me ao Jardim da Cordoaria. Assim que me aproximei de um dos conjuntos de figuras, recordei algo que tinha lido aquando da visita ao Museu de Serralves.
"Fascinava-o a tensão entre o ilusório e o real, usando truques de escala e prespectiva para coreografar a experiência do observador". No que diz respeito a essa tensão entre ilusório e real, e no que se refere à obra 13 a rir uns dos outros (jardim da cordoaria, Porto) ela deve ser grande, pois alguém confundiu a obra com um caixote de Lixo. Enfim, coisas da arte.